Fui
pra Salvador de avião, a partir de Porto Alegre. Voei pela GOl, foi
tudo certo, com escala em Brasília, chegamos inclusive antes do
programado, um pouco mais de seis horas de viagem.
Existem algumas formas de sair do Aeroporto e chegar em Salvador. Primeiro a saber: o Aeroporto é em uma cidade vizinha, Lauro de Freitas, bem longe da região central de Salvador. Bem longe quer dizer em torno de uma hora e meia até o Pelourinho, por exemplo.
Você pode ir de táxi, acertando o valor antecipadamente, ou indo pelo taxímetro. Não sei quanto dá, mas não é pouco, não (em torno de R$ 120,00 até Ondina, se pagar antecipado, nesta época que eu fui).
Você pode ir de Uber. Existe Uber em Salvador, mas é aquela coisa, um risco de arrumar confusão com taxista, muitos motoristas não vão até lá, você tem que marcar fora da área do aeroporto.
Existem motoristas particulares pelo saguão e em toda parte, te oferecendo transporte, também. Aqui um aviso: há pessoas te atacando pra vender transporte desde que você sair do embarque. Por todo lado. Sempre. Muitas camadas de pessoas, por toda a rua, inclusive.
Fomos de ônibus. Havia lido em um blog sobre os tipos de ônibus: tem o executivo, que é um preço bom, porém meio alto pra mais de uma pessoa (creio que estava 33 reais para cada um, preço que você consegue com os motoristas particulares e provavelmente com o Uber, se dividido entre 2 ou 3 pessoas), mas tem as vantagens de ônibus desse tipo e vai parando nos hotéis do caminho.
Linha 1001 em foto de 2011 de Rodrigo Chiclete |
Nós fomos de ônibus de linha. Tem algumas linhas que saem de lá, do terminal que fica atrás do estacionamento (saindo do saguão, o estacionamento é o prédio em frente, você pode contornar pela esquerda - tem um estabelecimento na extrema esquerda, chamado Praça do Acarajé - ou atravessar por dentro).
A passagem estava R$ 3,30, uma maravilha. Para nós, que ficamos em Ondina, descobrimos duas linhas: a 1003 (Aeroporto - Lapa) e a 1001 (Aeroporto- Praça da Sé); este último vai até o centrão, deixa perto do Pelourinho, passando pela Barra e é um ônibus muito útil para todos os trajetos, se você tiver nessa região turística, entre praias e centro.
Aqui completo o aviso: Até chegarmos no terminal de ônibus, e inclusive já no terminal, fomos abordados muitas vezes por pessoas querendo vender transporte. Algumas abordagens são mais agressivas que outras - teve um que veio nos dizer que ônibus de linha só sai de duas em duas horas, que a gente ia esperar muito tempo na parada - o que NÃO é verdade, passam com bastante frequência, provavelmente a cada 20 minutos sai um daqueles dois que podíamos pegar. Este rapaz também dava um cartão se dizendo Uber - o que não sabemos se é verdade, mas se você quiser Uber, pegue pelo aplicativo, não qualquer um que diga que é (aliás, houve outro momento uns dias depois com pessoas querendo se passar por Uber, deve ser tendência).
Então fomos por dentro do estacionamento e chegamos no terminal. Não é nada turístico, é um terminal normal de ônibus, onde pessoas do local pegam condução. Havia só nós e um rapaz que dava pra ver que também era turista, e umas 50 pessoas nativas, esperando seu ônibus. O ônibus para em frente ao local onde tem bancos pra sentar - mesmo que ele esteja do outro lado da rua parado, só é pra embarcar quando ele parar no terminal. É o fim da linha das duas linhas já citadas, os carros ficam lá, esperando a hora de sair. (Uma observação: na placa que há no terminal, não existe o nome do 1001, apenas do 1003, mas há um outro código para este ônibus: S002, que parece ser um nome antigo).
Pegamos a linha 1003 - este não é um ônibus que costuma pegar turista. Não é mesmo. Os carros da linha 1001 são mais bonitos, confortáveis e o ônibus é adesivado de vermelho, inclusive, dizem, com lugar pra botar malas dentro. A linha 1003 é de ônibus velho (bem velho era o nosso), e não tem nenhum tipo de conforto. Não sabíamos disso, mas foi bom ter ido também nele, pra ver como a cidade trata os cidadãos e os turistas de modo diferente (isso, claro, é uma observação superficial).
(Quando estava em Salvador não estava com o propósito de criar este blog, então não tenho fotos destes detalhes da chegada).
Então, um ônibus velho, só com moradores locais, que nos olhavam um tanto estranho às vezes. No trajeto, entraram muitos ambulantes, a maioria vendendo picolés (com destaque de marketing para o fato de os picolés serem embalados, o que deve ser uma preocupação lá).
Assim fomos do aeroporto para Ondina. Levamos pouco mais de uma hora, fazendo o mesmo trajeto que o 1001 faz até ali, provavelmente o mesmo trajeto que um táxi faria - passa pelas praias do norte e vai costeando até a barra, depois sobe até a Lapa (descemos, portanto, antes de ele subir) - há outro trajeto, mais rápido, por dentro, que talvez um taxista não faria.
Aconselho estar com o aplicativo Moove-it no celular (muito útil para todas as vezes que precisar descobrir que ônibus pegar) e ir acompanhando durante o trajeto, para ver onde vai descer (não usar celular ostensivamente dentro dos ônibus é um bom conselho se você está com malas e parece turista, nos disseram).
Há uma linha nova agora, de ônibus executivos mais baratos. Estes não conheço. Veja a notícia aqui, tem uma linha Aeroporto - Centro-histórico.
Fonte das fotos: http://rodrigochiclete.blogspot.com.br
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