quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Visitando o Pelourinho

Pelourinho então, hein, principal ponto no imaginário turístico de Salvador. Estávamos em Ondina, pra chegar lá pegamos um ônibus indicado pelo aplicativo Moove-It. Procurei no aplicativo como ir para o Largo do Pelourinho, ele indicou algumas linhas e fomos assim. Porém, entretanto, todavia, no entanto, ele indicou ônibus que paravam na Cidade Baixa (porque pelo mapa que o aplicativo tem, ali seria mais perto), só que ele não considera as subidas. E as condições do entorno. Foi meio ruim desembarcar onde ele indicava e subir as ladeiras pra Cidade Alta, por umas ruas todas meio destruídas. Além de cansativo pareceu bem perigoso.


Uma foto publicada por Ederson Nunes (@ederson_nunes) em

Então, se for fazer isso, uma dica: coloque no aplicativo ou busque ônibus para a Praça da Sé. É do lado do Pelourinho, e é na Cidade Alta já, você não precisa subir nada. O ônibus 1001, por exemplo, vai até lá. Mas se for pela Cidade Baixa, desça na frente do Elevador Lacerda, e suba por ele. Ali é melhor, e realmente o elevador é uma grande ajuda pras suas pernas.

Largo Central. Da Fundação Casa de Jorge Amado é bom de fotografar.

Fomos no Pelourinho no sábado. Muitas cores quando começamos a chegar lá. Pelourinho não é só uma rua, são várias, é um bairro (acho). Ruas com casas coloridas, prédios históricos, muito comércio nas casas coloridas e nos prédios históricos. Muito bonito tudo (uma pena que dizem ser perigoso, acaba sendo meio tenso andar por lá às vezes e fotografar, mas fim de semana parece que tem mais policiamento).

Não tinha preparado roteiro pra ir lá, fui só com a ideia de conhecer o lugar e ir na Fundação Casa de Jorge Amado. Então, chegamos lá direto pra Fundação. É bem no Largo do Pelourinho, no alto.

Antes e chegar lá, vieram duas mulheres nos amarrar fitinhas do Senhor do Bom Fim nos pulsos. Tinham nos falado: Não aceitem fitinhas, pois vão cobrar de vocês. Insistimos em não aceitar, e elas insistiram em colocar mesmo assim. Ok, deixamos, elas não cobravam pelas fitinhas na verdade, mas em seguida ofereceram seus produtos (colares). Você, culpado, e levado pela simpatia das mulheres, fica com vontade de comprar algo. Mas não comprei. Meu namorado comprou. A propósito, foi bom aceitar as fitinhas nesta hora, assim evitou ser abordado por todas as outras pessoas que fariam o mesmo.



Daí fomos na Fundação. Paga-se na porta, entra-se, e visita-se. Realmente achei que seria mais interessante e extenso o passeio. O que mais me chamou a atenção foram os fardões da Academia Brasileira de Letras, do Jorge Amado e da Zélia Gatai, e a máquina de escrever que ele usava (que tem uns "originais" de livros junto, mas na verdade são cópias). Nada muito visual. Tinha um andar fechado, não sei se lá teria algo mais, digamos, impressionante.

Na saída, queria comprar algo na lojinha, algo referente a Tereza Batista, ou algum livro, mas a atendente era tão antipática e pouco prestativa com as perguntas que fiz que não comprei nada.

Eu fazendo pose de turista, porque às vezes é preciso.


Uma foto publicada por Ederson Nunes (@ederson_nunes) em

Almoçamos ali na rua do lado (à direita), onde há alguns restaurantes e diversas lojas e ambulantes vendendo lembranças (principalmente quadros e berimbaus). Há restaurantes caros e há uns por quilo bem baratos, comemos em um destes, comida bem boa por um preço convidativo. No final da rua, há um caixa eletrônico 24 horas (que não aceitou meu cartão da Caixa, porque a Caixa tem problemas frequentes com o 24 horas). A propósito, há um Banco do Brasil e uma agência da Caixa nos dois largos logo que se sai desta rua (um é o largo Terreiro de Jesus, onde fica a Catedral, o outro é o largo de São Francisco, onde fica a Igreja de São Francisco, um dos lugares mais visitados da cidade).

Depois dali, fomos no Museu da Misericórdia. É algo que vale a pena (é uma visita guiada, um guia vai junto).

E de lá saímos do bairro. Voltamos no dia seguinte, no entanto. Como no Museu da Misericórdia disseram que o museu mais visitado era lá o de São Francisco (a Igreja e o Convento), e eu não sabia nada sobre ele, no outro dia deu vontade de ir lá ver qualé que era.

Pois acertamos em voltar novamente. Domingo (umas 11 horas) o Pelourinho estava mais alto astral, tinha pessoas do Olodum fazendo um som com turistas estrangeiros no meio da rua (não sei como funciona, mas parecia algo do tipo pagar pra "tocar" com os instrumentos e alguns músicos do Olodum - ótimo para fotos). E na frente da Fundação Casa de Jorge Amado tinham umas pessoas batucando também - isso foi muito bom, o som ecoava bastante pelas ruazinhas estreitas, deu outra cara pro lugar - mas, ó, a Fundação não abre as domingos.

Turistas tentando fazer um som.
Fomos lá visitar as coisas de São Francisco, só que fomos errado. Só soube depois. Na verdade a Igreja e o Convento ficam lá logo atrás da cruz, a Igreja dizem que tem altas decorações barrocas em outro e tal. Nós achamos que a igreja mais importante era a do lado - que também tem a ver com São Francisco (daí é complicado, né): Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. Esta tem a fachada muito mais interessante, toda esculpida em alto relevo, é linda. Por isso pensei que era esta, e fomos. (A propósito, então, a cruz antiga famosa em fotos fica ali neste largo).


A igreja "certa" de São Francisco é esta atrás da cruz
Olha, não era este o passeio que pensávamos fazer (embora ainda não soubéssemos), mas valeu muito. Leia aqui sobre ela.

Por falar nisso, vale uma dica: há guias espalhados pelo Pelourinho que se oferecem para te acompanhar nas visitas e passeios. Não quis contratar, acho melhor ir sem guias falando, mas creio que teria sido positivo em vários momentos. Então, se você não se incomoda em fazer passeios com pessoas estranhas falando com você, contratar um guia é uma boa opção, até porque quase nada por lá tem explicação, as histórias de um guia ajudariam a entender melhor o contexto das coisas. 

Depois daqui, fomos pro Carmo, que é um bairro ali pra cima do Pelourinho, também bastante colorido e cheio de comércios e restaurantes nas casas históricas (poucos locais abertos no domingo). Lá tem a Igreja da Ordem Terceira do Carmo pra visitação, onde há uma escultura de Jesus que é toda incrustada de rubis. Na verdade você nem percebe os rubis, são bem pequenos, incrustados onde seria o sangue. Mas é um local também bastante interessante (nem tanto) pra visitar, se você curte história, você pode andar pelo prédio, e entrar no que teria sido a senzala do local - mas, como também na Igreja de São Francisco, não há explicações pra quase nada que há lá.

Rua principal do Carmo

Os rubis na escultura.
Na subida para o Carmo, algumas pessoas desceram correndo até a viatura da polícia pra dizer que tinham sido assaltadas.

Estava meio deserto por lá naquela hora mesmo (lembrando que era agosto, perto do meio dia num domingo, baixa temporada turística).

Uma foto publicada por Ederson Nunes (@ederson_nunes) em


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