domingo, 4 de setembro de 2016

Praia do Porto da Barra

Pois fui a Salvador não querendo muito ficar em praias, porque ia pra Morro de São Paulo em seguida aproveitar as praias de lá. Mas queria ir na praia do Porto da Barra, que, como li, é considerada uma das melhores praias urbanas do país.

Fomos em uma segunda-feira. A primeira impressão: é pequena e é bonita. A segunda impressão: eita, que tá cheia!



Era tarde de segunda-feira e a praia estava lotada. Ela fica em um nível abaixo da rua, você desce escadas (ou rampa) pra chegar até lá. E já na descida fomos abordados por alugadores de cadeiras. Eles estão por toda parte. Quando você aceita alugar cadeiras você fica na área de determinado grupo e fica sendo clientes deles. Não é ruim, mas, né, você não chega e fica de boa na praia, como nos velhos tempos, você tem que administrar não só os ambulantes (que os há também), como a presença e as abordagens dos "donos" do espaço que em que você está. Mas dizem que isso é bom pra segurança e limpeza da praia, pois eles cuidam do espaço. Deve ser.

Enfim, não é ruim, mas achei um tanto estranho mais porque é numa área pequena e isso se nota mais do que em Ipanema, por exemplo, onde há essas abordagens mas a praia é grande e tudo é mais difuso.

Daí, como estava cheia, a praia acaba sendo também barulhenta. E muito barulho vinha dos alugadores de cadeira e ambulantes, conversando e gritando uns com os outros, e abordando clientes. Abordagem de clientes é um must na Bahia, pelo que percebi. Muita abordagem houve no aeroporto, no centro também, e aqui na praia (teve inclusive massagista de pé chegando e pegando nos pés sem pedir), e depois o suprassumo das abordagens foi em Morro de São Paulo, onde você vai andando e as pessoas vão indo atrás de você, mas isso fica pra outro post.


Gosto de ficar na praia e tentar relaxar, com muito barulho e gritaria isso é mais difícil. Então fui ao mar. Achei o mar ali bem querido. Estava frio, mas era bem calmo, e quase transparente (coloquei meus óculos de natação para tentar enxergar peixinhos, mas não foi possível, embora olhando de cima desse para vê-los às vezes). O mar era calmo, mas vinha sempre uma corrente que te levava em direção à praia e em seguida uma outra que te puxava (discretamente) para o mar.

Isso foi do lado direito da praia. Ficamos ali um pouco, depois fomos para o lado esquerdo (na devolução das cadeiras, tentaram aumentar o preço que haviam combinado inicialmente). Lá do outro lado tinha mais lugar e não alugamos cadeira, ficamos no chão, e, não sei se por isso ou se porque lá aquele lado é mais calmo mesmo, as abordagens foram bem menores. Também não havia tanta gritaria. Então, recomendo: vá para o lado esquerdo da praia, se gosta de algo mais calmo.

Desse lado o mar também era ainda mais tranquilo. Não havia as correntes te levando, era quase como uma piscina. A propósito, é bem calmo o mar ali porque é na entrada da baía, já no contorno da ponta que forma a cidade, isso faz com que seja possível ver o sol se pôr e cair no mar - ao contrário das praias todas que são no litoral, voltadas para leste.

Ali comprei um acarajé, feito na praia mesmo. Porém, com toda a boa vontade que tenho de achar bonito uma baiana fazendo acarajé no Porto da Barra no pôr do sol, tenho que dizer que não tava bom, não. O acarajé era muito magrinho, e o vatapá (que é o recheio) meio pegajoso e sem gosto. Mas, ó, não passei mal.

Uma foto publicada por Ederson Nunes (@ederson_nunes) em


 




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...