Fomos em uma segunda-feira. A primeira impressão: é pequena e é bonita. A segunda impressão: eita, que tá cheia!
Era tarde de segunda-feira e a praia estava lotada. Ela fica em um nível abaixo da rua, você desce escadas (ou rampa) pra chegar até lá. E já na descida fomos abordados por alugadores de cadeiras. Eles estão por toda parte. Quando você aceita alugar cadeiras você fica na área de determinado grupo e fica sendo clientes deles. Não é ruim, mas, né, você não chega e fica de boa na praia, como nos velhos tempos, você tem que administrar não só os ambulantes (que os há também), como a presença e as abordagens dos "donos" do espaço que em que você está. Mas dizem que isso é bom pra segurança e limpeza da praia, pois eles cuidam do espaço. Deve ser.
Enfim, não é ruim, mas achei um tanto estranho mais porque é numa área pequena e isso se nota mais do que em Ipanema, por exemplo, onde há essas abordagens mas a praia é grande e tudo é mais difuso.
Daí, como estava cheia, a praia acaba sendo também barulhenta. E muito barulho vinha dos alugadores de cadeira e ambulantes, conversando e gritando uns com os outros, e abordando clientes. Abordagem de clientes é um must na Bahia, pelo que percebi. Muita abordagem houve no aeroporto, no centro também, e aqui na praia (teve inclusive massagista de pé chegando e pegando nos pés sem pedir), e depois o suprassumo das abordagens foi em Morro de São Paulo, onde você vai andando e as pessoas vão indo atrás de você, mas isso fica pra outro post.
Gosto de ficar na praia e tentar relaxar, com muito barulho e gritaria isso é mais difícil. Então fui ao mar. Achei o mar ali bem querido. Estava frio, mas era bem calmo, e quase transparente (coloquei meus óculos de natação para tentar enxergar peixinhos, mas não foi possível, embora olhando de cima desse para vê-los às vezes). O mar era calmo, mas vinha sempre uma corrente que te levava em direção à praia e em seguida uma outra que te puxava (discretamente) para o mar.
Isso foi do lado direito da praia. Ficamos ali um pouco, depois fomos para o lado esquerdo (na devolução das cadeiras, tentaram aumentar o preço que haviam combinado inicialmente). Lá do outro lado tinha mais lugar e não alugamos cadeira, ficamos no chão, e, não sei se por isso ou se porque lá aquele lado é mais calmo mesmo, as abordagens foram bem menores. Também não havia tanta gritaria. Então, recomendo: vá para o lado esquerdo da praia, se gosta de algo mais calmo.
Desse lado o mar também era ainda mais tranquilo. Não havia as correntes te levando, era quase como uma piscina. A propósito, é bem calmo o mar ali porque é na entrada da baía, já no contorno da ponta que forma a cidade, isso faz com que seja possível ver o sol se pôr e cair no mar - ao contrário das praias todas que são no litoral, voltadas para leste.
Ali comprei um acarajé, feito na praia mesmo. Porém, com toda a boa vontade que tenho de achar bonito uma baiana fazendo acarajé no Porto da Barra no pôr do sol, tenho que dizer que não tava bom, não. O acarajé era muito magrinho, e o vatapá (que é o recheio) meio pegajoso e sem gosto. Mas, ó, não passei mal.
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