terça-feira, 20 de setembro de 2016

Saindo de Salvador e chegando em Morro de São Paulo

Então, ir de Salvador para Morro de São Paulo é possível de três maneiras: aérea, marítima e semi-terrestre. Morro de São Paulo fica em uma ilha, é uma localidade na ilha de Tinharé (há outras localidades na mesma ilha também). Não é pertinho de Salvador.

Há a opção aérea, que seria minha preferida se não tivesse um preço tão mais alto que as outras. Agora que estou escrevendo, esta opção sai em torno de R$ 430,00 por pessoa, naqueles aviõezinhos pequenos ou helicóptero. É quatro vezes mais que as outras opções. A grande vantagem é: você chega lá em 30 minutos, o que é lindo. Outra vantagem é que, se você se dá bem com transporte aéreo, não tem os problemas de ficar enjoado como é possível nas outras opções. Uma desvantagem: sai, é claro, do aeroporto de Salvador, que não é em Salvador (é em Lauro de Freitas), é bem longe da zona turística, então você levaria em torno de, digamos, uma hora e meia do centro até o aeroporto - sendo que o embarque dos marítimos é exatamente no centro.

Temos a opção semi-terrestre, que pode incluir, inclusive, o traslado desde o Aeroporto, se você vai chegar na Bahia especialmente para ir pra Morro (a empresa Cassi Turismo faz isso, talvez haja outras). Daí esse semi-terrestre te leva de Salvador à Ilha de Itaparica de barco, que é ali na frente; de lá você vai de ônibus até Valença, uma cidade em frente à ilha de Morro. De Valença, novamente um barco até Morro. Demora em torno de três horas e meia isso aí (contando desde o cais de Salvador). Vou falar mais desta opção quando for falar de como saí de Morro, que eu saí desta forma.

Então temos a alternativa de ir de catamarã, que é como eu fui. É a opção mais fácil de logística, pois você só chega no terminal náutico (atrás do Mercado Modelo) e compra a passagem para o seu horário (veja aqui as opções de hora). Em alta temporada deve ter todos os horários, quando eu fui, em agosto, o plano era ir na das 13h mas esta não teve, então fomos na das 14:30h, que era da empresa Biotur. A passagem foi R$ 95,00 por pessoa.


Então, assim, o catamarã deles é bem grande, parece bem organizado (os assentos são um tanto apertados, como é comum em catamarãs, então se tiver cheio deve ser um pouco desagradável), mas a viagem demora quase duas horas e meia e você, que não está acostumado, depende da boa vontade do mar para ir de boas ou ir passando mal.

Infelizmente quando fomos o mar não estava de bom humor, a viagem foi bem ruim pelo menos até o meio do caminho, balançando demais, indo pra cima e pra baixo, é tipo uma pequena montanha russa, vai dando frios na barriga, um atrás do outro, você acaba ficando enjoado. E se você quiser andar pelo catamarã tem que ficar se agarrando nas coisas e pessoas, senão você cai no chão.

Aqui fiz um vídeo mostrando um pouquinho do Catamarã na viagem de ida:


Mas, claro, se o mar tiver calmo não deve ter toda essa problemática, deve ser mais tranquilo. Ou não, não sei.

Chegamos lá e os taxistas de carrinho de mão entraram no catamarã abordando todo mundo. É assim lá, logo de abordam pra qualquer coisa. E na parte central da ilha não há automóveis, então todo o transporte é feito por carrinhos de mão, que são os táxis. Então, você pega um dos taxistas (ou ele te pega), diz pra onde você vai e ele faz a logística de colocar suas malas junto com alguém que vá para o mesmo local ou perto. Nossa logística não deu muito certo.

Os taxistas estão no pier quando o catamarã chega (na foto são poucos, a maioria estava já dentro do catamarã pegando malas)
 Primeiro, para entrar na ilha você tem que pagar uma taxa de preservação ambiental. Logo que sai do pier, o pessoal responsável te indica a fila em que você tem que entrar para pagar a taxa (só paga na entrada, independentemente de quantos dias vá ficar). Quando lá estivemos era 15 reais por pessoa (menos de 5 anos e maiores de 60 são isentos).

Guichê para pagar a taxa

Daí você paga a taxa e sai acompanhando o seu taxista. Acontece que o nosso colocou nossa mala no carrinho com as de outras pessoas e esqueceu que estava com a nossa. Foi andando até uma rua da Segunda Praia, onde ia deixar as malas com alguém que vinha buscar de carro os outros turistas (que estavam na Quarta Praia, que é longe) e só entao se deu por conta que estava com nossas malas, e que já podia ter nos largado no caminho, daí chamou outro taxista e deu nossas malas pra ele e ele voltou com nós alguns bons metros até nossa pousada. O transporte do pier até o meio da segunda praia custou 20 reais (combine antes o valor, para não ter problemas depois).

Nosso taxista
Uma problemática aqui também é a velocidade dos taxistas. Ele vão bem rápido, acostumados que estão com o local e com as subidas e descidas, e você tem que ir correndo (literalmente) atrás. Ou seja, não é o melhor serviço turístico que há, principalmente para quem não está acostumado e especialmente para quem não fala português e está aterrorizado com alguém de carrinho de mão "fugindo" com suas malas.

Mas não creio que haja grandes problemas com o serviço de táxi, além deste de ser pouco amigável e muito confuso e rápido. De qualquer forma, é uma boa maneira de chegar onde você quer sem se preocupar em encontrar sua pousada em algum mapa (o que pode ser bem complicado, dependendo de qual for).


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